O alarme

De certa forma, o alarme salva nossa vida. E como salva! Além de mandar o sono embora pela manhã, ele pode servir para lembrar o momento exato de tomar um remédio. Até aí, tudo bem. No entanto, atualmente, uma vacilada e já era.

Imagem de Tumisu por Pixabay

Então, é preciso correria, ligar para o chefe, pedindo compreensão e torcer para que nada mais dê errado! Geralmente, quando o dia começa na correria, será assim até a tarde. Sem contar o fato de que, muitas vezes, o alarme dispara em pleno feriado. Chega dá uma dor no coração quando o sono é interrompido, justamente no dia que ele poderia seguir sem pressa de acabar.

Desconfio que isso tenha piorado ao longo dos anos. Ninguém usava o celular como alarme antes. O despertador era moda, meu pai mesmo tinha um daqueles que os números ficavam verde quando a luz era apagada. Na hora de despertar, nossa, era preciso preparar os ouvidos. Ele disparava e saía dançando na mesinha; se não desligasse corria o risco de ir parar no chão. A parte boa é que era raro perder a hora. Não tinha como ficar só mais cinco “minutinhos”, o sono ia embora de uma vez com tanto barulho.

Lembro que meu sono também era pesado. Era raro acordar quando o despertador disparava no quarto ao lado. Hoje meu sono é leve como um pena. É arriscado eu acordar com o alarme do vizinho tocando! Ah, como o tempo muda nossa vida...

Para o alarme, uso um celular velho. Recentemente, ele mudou a hora sozinho. Acordei uma hora atrasado. Ao explicar isso na empresa, todos olharam meio desconfiado, como se aquilo fosse impossível de acontecer. Depois disso, revirei uma caixa velha e encontrei um despertador antigo. Comprei duas pilhas e coloquei o “bicho” pra funcionar! Acordo várias pessoas no mesmo horário. Elas até já estão deixando os celulares desligados, confiando no meu alarme. É como diz o velho ditado: despertador velho é que faz alarme bom.

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Até Breve,

Vander Christian

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VANDER CHRISTIAN é paulista, romancista e cronista. Autor de Karina, Passado & Presente, Duas Vezes Pamela Monteiro eGente Mala ou Gente Boa. Entre 2019 e 2020, teve seus textos selecionados em 7 Concursos Literários, promovidos por Editorial Hope, Grupo Diário da Poesia, Se Liga Editorial, Em Contos e Qualis Editora